terça-feira, 31 de maio de 2011

“Guerra e Arte”


Em abril de 1937, o general Francisco Franco comandava o exército rebelado contra o governo republicano espanhol. Para demonstrar o poderio militar que tinha à sua disposição. Franco pediu ao aliado Adolf Hitler que enviasse uma esquadrilha de bombardeiros para destruir uma cidade da Espanha. A escolhida foi Guernica, arrasada completamente. Picasso ficou indignado com essa brutal destruição, e pintou o quadro de 7,76 x 3,39 metros para o pavilhão espanhol na Feira Mundial de Paris. Guernica ficou no Museu de Arte Moderna de Nova Iork até 1981. A pedido do próprio Picasso, o quadro só foi devolvido à Espanha quando ela voltou a ser um país democrático.                                                                                                                                                                                  Para realizar esta obra, Picasso recorreu das fotografias publicadas nos jornais da época que mostravam a cidade em chamas. Através delas, fez uma composição utilizando somente o branco, o preto e o cinza.
A composição está distribuída como um tríptico. O painel central é ocupado por um cavalo agonizante. O quadro reproduz em total seis seres humanos e três animais. A base do triângulo central está assinalada pelo corpo caído do guerreiro morto, um corpo desmembrado, esquartejado e que se transforma em símbolo visual da matança.
Picasso nunca deixou de colocar na parte debaixo das suas obras a assinatura e a data em que as terminou, mas em Guernica este detalhe não aparece. Talvez o autor quisesse com sua omissão expor uma dimensão atemporal à obra.
Com esta obra, Picasso mostra um compromisso político e ideológico que reflete não somente a crueldade de um massacre concreto, mas deixa uma súplica contra a injustiça da guerra e a barbárie do fascismo e o nacional-social que invadiria a Europa mais adiante.

Guernica - Picasso

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